Muitas mães e pais ficam com dúvidas quando o tema é a vacina do bebê, desde o calendário de vacinação dos recém-nascidos, a importância delas e até possíveis efeitos colaterais. Por isso, listamos as vacinas que o bebê precisa tomar nos primeiros meses de vida, com a grande ajuda da pediatra Dra Karlidy M. Azevedo.
Além disso, indicamos onde você pode acompanhar as demais doses ao longo da vida e falamos um pouquinho sobre efeitos que podem acorrer.
Vamos lá? <3
Vacinas para recém-nascidos
Ao nascer
BCG (Bacilo Calmette-Guerin)
É a vacina que previne formas graves de tuberculose, como a meníngea, óssea e miliar. O bebê toma uma dose única ao nascer e o peso mínimo para recebê-la é 2 Kg.
Hepatite B
O bebê também toma a primeira dose da vacina contra a Hepatite B nas 12 primeiras horas de vida. As 2 doses subsequentes devem ser feitas com 2 meses e depois com 6 meses.
2 meses
Pentavalente
É a vacina responsável pela prevenção de difteria, coqueluche, tétano, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus tipo B.
Na rede pública, o componente da Bordetella Pertussis (responsável pela coqueluche) da pentavalente está presente na forma de suspensão celular inativada (células inteiras), o que poderá aumentar a intensidade dos efeitos colaterais. Esta é a pentavalente celular.
Na rede privada, o componente da Bordetella Pertussis está presente na forma acelular (células fragmentadas), o que pode minimizar os efeitos colaterais. Esta é a pentavalente acelular.
VIP (Vacina Inativada Poliomielite)
É a vacina inativada, que protege contra os sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da Polio.
Na rede pública, são administradas 3 doses injetáveis, aos 2, 4 e 6 meses de idade. Os reforços são feitos aos 15 meses e 4 anos, com a vacina VOP, via oral, que protege contra os sorotipos 1 e 3 do vírus da Polio.
Na rede privada, a vacina contra a Polio faz parte da Hexavalente, que protege contra difteria, coqueluche (forma acelular), tétano, hepatite B, haemophilus tipo B e Polio. Administrada aos 2, 4 e 6 meses, a hexavalente não está disponível na rede pública.
Pneumocócica conjugada
É a vacina que confere proteção contra o Pneumococo, bactéria responsável por várias infecções comuns na infância, como otite, amigdalite, pneumonia e meningite.
Na rede pública, é aplicada a vacina Pneumocócica 10v, a qual protege contra 10 sorotipos de Pneumococo, em 2 doses, aos 2 e 4 meses. Mais um reforço aos 12 meses.
Na rede privada, é aplicada a Pneumocócica 13v, a qual protege contra 13 sorotipos de pneumococo, em 3 doses, aos 2, 4, 6 meses. Mais um reforço aos 12 meses.
Rotavírus
Vacina indicada para a prevenção de gastroenterites causadas pelo rotavírus. Deve ser administrada por via oral.
Na rede pública, são aplicadas 2 doses da vacina monovalente (Rotavírus 1v) aos 2 e 4 meses.
Na rede privada, são aplicadas 3 doses da vacina pentavalente (Rotavírus 5v) aos 2, 4 e 6 meses.
3 meses
Meningocócica C conjugada
Protege contra infecções causadas pelo Meningococo C (Neisseria Meningitidis tipo C), sendo a meningite a mais importante.
Na rede pública são administradas 2 doses da vacina conjugada, aos 3 e 5 meses, e um reforço aos 12 meses.
Na rede privada está disponível a vacina Meningocócica ACWY, que protege contra 4 sorotipos de meningococos responsáveis pela meningite, o A, C, W e Y. Também são 2 doses aos 3 e 5 meses e um reforço aos 12 meses. Neste ano (2020), a vacina ACWY passou a estar disponível também na rede pública.
Meningocócica B
Essa vacina está disponível apenas na rede privada e protege contra o sorotipo B do Meningococo, responsável por infecções graves que podem ser generalizadas. A meningite por meningococo B é uma forma grave de meningite bacteriana, altamente contagiosa, podendo ser fatal ou deixar sequelas.
São aplicadas 2 doses, aos 3 e 5 meses, e um reforço após 12 meses.
Outras vacinas do bebê
Aqui, trouxemos apenas aquelas vacinas que os pais precisam se preocupar com os recém-nascidos, ou seja, desde o nascimento até o terceiro mês de vida.
A sugestão é que você acompanhe o calendário de vacinação do próprio Ministério de Saúde, que publicou todas as vacinas e doses em uma ordem cronológica até a vida adulta! Além disso, dá para o papai e mamãe darem aquela conferida se estão com as vacinas em dia também, viu?
Importância da vacina do bebê
Como algumas discussões sobre efetividade das vacinas estão é alta, é bem importante ressaltar a importância da vacinação, principalmente em bebês. Em resumo, as vacinas são desenvolvidas a partir do enfraquecimento ou inativação do causador da doença.
Ou seja, não há perigo do bebê ficar doente por causa da aplicação da vacina, já que o causador (vírus ou bactéria) que está ali não tem potencial para fazer algo ruim para o corpo.
Assim, as defesas do organismo passam a conhecer o vírus ou a bactéria em questão, trabalham para combatê-lo e a doença fica na memória imunológica da criança, acontecendo a prevenção do problema real.
Efeitos colaterais das vacinas em bebês
Algumas vacinas podem apresentar efeitos colaterais no bebê, mas não se assuste, isso é normal e inclusive você vai lembrar de algumas que carrega até hoje! É o caso daquela marquinha no braço, efeito da BCG, a primeira vacina da vida. 🙂
Algumas vacinas podem causas efeitos leves, mas que às vezes assustam os papais de primeira viagem. Principalmente quando há febre e indisposição. Sendo assim, a sugestão é que você sempre converse com o pediatra sobre os possíveis efeitos para saber a forma certa de lidar com eles.
Se você terá, ou está tendo a experiência com o primeiro filho, nós já trouxemos aqui no blog alguns cuidados essenciais para ter com recém-nascidos. Fica a sugestão como leitura complementar para encarar essa fase já preparado para tudo o que vem por aí. <3
Local dolorido após a vacinação
O seu pediatra irá recomendar alguns cuidados para aliviar a dor do bebê após a vacina, no local da picada. Geralmente, são receitados analgésicos por via oral e compressas frias no local dolorido, somente se for necessário.
Você também pode cuidar para não encostar no local da picada, principalmente ao acomodar o bebê no carrinho ou no sling.
Lembrando que alguns bebês podem querer mais colo para se sentirem à vontade com o desconforto, outros podem ter a reação contrária. O que é normal, cada bebê é único! Mas, se o caso for de bastante colinho, é hora de você saber mais sobre o que é slingar!
Ficou alguma dúvida sobre o calendário de vacina do bebê? Então, pode deixar um comentário para nós com sua dúvida, vamos adorar te ajudar!
Karlidy M. Azevedo – CRM SP 96433
Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica
Facebook: Dra Karlidy M. Azevedo – Bate papo com a Pediatra
Endereço: Rua Catequese, 1153, sala 74, Santo André. Tel. (WhatsApp): 11 99230-3108





